Poemas de Mariana Sato dos Reis

Veja um grafo dos poemas de Mariana Sato dos Reis

desobrigações

Mariana Reis Gerar poema da máquina
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não dar nomes as coisas

mas tentar:
criar palavras para
descrever o deitar do sol no rio

imaginar o que as maritacas fazem 
no topo das árvores
quando se encontram alvoroçando a
linguagem

enxergar o rio pingando no céu
e fazendo das nuvens
relvas

contar as libélulas que pairam
no tempo
perceber que suas asas
são douradas
talvez roxas

desconfiar que o horizonte
termine em algum lugar

desenhar um poema
de (in)finitude

imaginar que
na verdade tudo isso
está no ponto convexo das
descrições

permanecer no
inverso.
0
os olhos
do Trabalhador
de esgueio
transpirados
raivosos
me olharam
Estado
que estou
pelas vias
la Lei
seus olhos
nos meus olhos
não vou
esquecer 
o Medo
da fome.
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Vânia

Mariana Reis Gerar poema da máquina
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seu filho está
vivo?
as duas linhas
arroxeadas
embaixo do teus
Olhos me disseram
Não
sobre(viveu)
a pele preta
desapareceu
foi sepultada embaixo
das tuas pálpebras
corpos de mãe
que vestem Culpas
você me disse
até o arroz
ele vendeu
para sumir
atrás da pedra
virar pó
e existir
agora como número.
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