Poemas de Hélder Samuel Ngulele

Veja um grafo dos poemas de Hélder Samuel Ngulele

Olhos de flor

Hélder Ngulele Gerar poema da máquina
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Lá nos pântanos
Jazem flores sem cântaros
Na companhia dos pássaros
Lindos viajantes

Lá nos recantos da cidade
Onde abunda oxigénio
E o gênio da vida
Dormem flores sem jardineiros
Apenas velhos fazendeiros
Que nem sabem o que fazem

Lá no coração da floresta
No mais profundo vale
Jazem muitas flores
Clamando por socorro
Alimentando-se das pequenas gotas de água
E das migalhas de pão que restam em seu lar,
Seus olhos brilhantes,
Olham aquele nascer do sol radiante,
Com um ruído estranho na barriga,
Sustentam-se com um  sorriso e uma brisa
Sentados mais uma vez a rua
Cantando como sempre!
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Terra morta

Hélder Ngulele Gerar poema da máquina
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Terra morra
Há
Há nesta terra perdida
Uma história no tanto vivida
Por homens de barro e cerra
Escondidos na selva
Onde habita a fera

Há
Há nesta terra assolada
Morta, destruída pela guerra
Crianças sangrando, chorando
Gritando, clamando
De tanta dor que se faz sentir
Na alma

Há
Há nesta terra suja
De sangue e repleta de terror
Almas cheias de assombro e temor
Um homem chorando
Porque perdeu seus filhos
E também o seu amor

Há
Há neste lar despedaçado
Gentes que perderam a esperança
Morreu-lhes a crença
Morreu-lhes a crença
De um dia levantar cochiloso
Alegre e disposto para viver mais um dia
Hoje nesta terra
Quem dorme não mais quer acordar
Quem anda não mais quer caminhar
Nesta terra, ninguém mais quer morar
Luisana que aqui nasceu
Na madrugada de ontem morreu
Com um tiro no peito desfaleceu
E descansou no pó desta terra
Morta e sem esperança.
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Deixa-me te amar

Hélder Ngulele Gerar poema da máquina
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Deixa-me te amar
Deixa-me te amar,
Como a suruma ama seu fumador,
E vai cantando entre os ares,
Fuma-me, sinta-me fluir em seu corpo,
Deixa-me chegar a sua alma,
Deixa-me tocá-la e mexer seus sentidos

Deixa-me te amar,
Deixa-me vaguear nessa dor,
Dor tristonha de amar o odor,
De seus passos e  suas vestes,
Oh como cheira-me suave,
Sim, deixa-me amar-te love,
Deixa-me segurar tua mão,
E levar-te comigo nesta canção


Deixa-me te amar,
Todo sombrio amando tuas sombras,
Teu feitiço, teu delírio,
Deliras tão silenciosa,
Caminhas toda pretensiosa,
Bela e cheia de realeza,
Oh o mundo gira aos teus pés,
Mulher, teu feitiço é forte
Teus olhos tem poder

Deixa-me te amar,
Sorumbático? Ou melancólico?
Amo-te bebendo o álcool
Pura bebida, seca dos sentimentos,
Deixa-me embriagar na bebida,
Deixa-me fazer a história,
Queira ou não, continuo na escória
Te amando em cada santo dia
Podes por favor, dar a este mendigo,
Algumas migalhas de sua atenção,
Já que o seu coração,
É demais para ele,






Deixa-me te amar,
Liberte-me dessa censura,
Meu coração te mesura,
Te ama com tanta fervura,
Senhora, deixe teu servo tocar seus pés,
Lavá-los com eterno amor,
E limpá-los com terna sinceridade.
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A inconsciência do poeta

Hélder Ngulele Gerar poema da máquina
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Hoje a inspiração bateu bem forte
Na alma do poeta
Eis aqui o homem se inquieta
Fingindo ser fingido
Suas palavras compõem linhas
De sentimentos inexistentes
E na sua existência dão consciência
A sua prepotência,
Homem de muita fé,
Crê que nada vê
E que tudo que não se vê
Se sente,
Deus existe no seu ser
E você existe no seu próprio eu,
Esquece que o mundo é redondo
E vive nesse idiondo
Plano de inconsciência
De um poeta melancólico.
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