Poemas de ITAJAI OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE

Veja um grafo dos poemas de ITAJAI OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE

Necrológio

Itajaí de Albuquerque Gerar poema da máquina
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o poeta está morto
não leio no jornal 
não vejo nas redes
acordo sabendo que
o poeta está morto
na menina dos olhos
na baça retina
no álcool que evapora
das mãos inúteis
o poeta vai sempre moço
morto morto morto
e nesse mormaço
que o tempo congela
torto como touro ferido
a alma o eleva renascido
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é Tânatos alegre
a cores na teve
não é mentira
que ele te veja
pelos olhos teus
sem inocência

Tu o sabes
sem a leveza 
das aves

vem de leste
vem d’oeste
desce e sobe
de Norte a Sul
a mal que vem
matamouros
ergue muros

Tu o sabes
sem a clemência
dos peixes

sombra meridiana 
de veridiana
consistência
que subsiste 
obscura e inferior
da alma à tez

Tu o sabes
com teus pés
de lagarto
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O trigo disputa com o sol
o dourado do horizonte
o vento seco faz-lhe a dança
como as ondas agitam o mar
essa vista cansa da eloquência
que trigueiro domina o olhar
as máquinas que o navegam
autômatos ilimitados de metal
engolem céleres as espigas
e vendem homens 
                na Bolsa de Londres
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A luta é a dança

Itajaí de Albuquerque Gerar poema da máquina
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Kerouac
foi Macunaíma
no peito
de Wall Street


na city
Mano
não ceda


que estreito
é o caminho

 
a gente lança
a gente corre
a gente dança
não morre a luta
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