Poemas de Carlos Gildemar Pontes

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ATÉ QUE A VELHICE NOS APAGUE

Carlos Gildemar Pontes Gerar poema da máquina
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ATÉ QUE A VELHICE NOS APAGUE

O mundo incendeia lá fora
Mas eu sinto frio
sinto o frio no coração
O gelo da solidão
Essa solidão perversa
Que mata a nossa alegria
E finge que vai embora
Escondendo-se atrás da porta
Nos deixando mais mortos
Mortos em vida
Até que a velhice nos apague.
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POEMA AOS ACOMODADOS

Carlos Gildemar Pontes Gerar poema da máquina
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POEMA AOS ACOMODADOS

Relaxa, vai dar tudo errado,
Vai para a rede e te afunda
Pende a cabeça de lado
A escarradeira imunda
Espera teu escarro
Cospe a gosma do cigarro
Depois tosse, tosse muito,
Até que o diabo te carregue.
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BRINCAR DE TEMPO

Carlos Gildemar Pontes Gerar poema da máquina
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BRINCAR DE TEMPO

Minha filha acha que o
dia demora muito

eu acho nada

minha filha estuda 
brinca
brinca
brinca

eu quase nada

minha filha precisa me emprestar
a sobra dos seus dias
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A PELE DO ABISMO

Carlos Gildemar Pontes Gerar poema da máquina
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A PELE DO ABISMO

Ando sobre a pele de um abismo
como quem anda numa fina camada de gelo de um rio 
vejo o perigo debaixo dos meus pés
Um cão raivoso ladra na margem direita
Um hipopótamo me espreita na margem esquerda
Atrás de mim um dromedário rumina
Na minha frente a esperança 
me faz arriscar atravessar o medo 
e tirar a cortina de pedra dos meus olhos.
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