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Neide Ponzoni Gerar poema da máquina
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A leveza da vida parece pesada 
A alegria da vida parece triste 
A graça da vida parece séria.                 A doçura da vida parece amarga 
O riso da vida parece rancor 
O amor da vida parece solidão.
O que fazer então?
Buscar dias de paz...
 É, aquela paz simples, despachada, preguiçosa...
 A paz dos dias cansados, encurvados pelas cargas da vida,
 Dos que tem sempre os pés doloridos da caminhada. 
Bjos meus . 
Neide Ponzoni
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Liberdade a Zé Filipe

Maicon Melito de Souza Gerar poema da máquina
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Preso num espaço mínimo,
Desesperado por sua liberdade,
Empoleira em cada canto,
Debate contra as grades.

Cansado, com olhar vazio,
Encolhe o corpo franzino,
Um lapso de calma
Contrário aos seus instintos.

Não é prisão temporária,
Tampouco é prisão preventiva.
O cárcere é legal,
A prisão é definitiva.

Apelamos por sua felicidade.
Deus tocou o proprietário,
Foi concedida liberdade incondicional
Ao semovente passarinho engaiolado!
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Pontuações sobre o triste mundo do sonho infantil

thalescirico Gerar poema da máquina
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A sirene tocou às 18; 
Era hora do sono do bicho papão; 
O farol acendeu e as crianças brincaram, pensando que seus sonhos não seriam atormentados; 
Às 22 ele acordou;
O farol foi pra encontrar o caminho, não espantar os pesadelos.
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sensações

Ita Liberman Gerar poema da máquina
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meus olhos sorriem
quando o cotidiano
encontra pequenos prazeres
 
como suave perfume no ar
claridade de fim de tarde
solzinho no inverno
 
como afago no gato
saborear um bom prato
rever aquele retrato
 
minha alma vibra
com a lembrança
que uma música traz
e faz o corpo dançar
 
meu coração sossega
na presença de certas presenças
que espalham paz
despertam um carinho explícito
um bem querer infinito
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Aos homens da minha vida

Anala Negra Gerar poema da máquina
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Desculpe por ser eu?
Desculpe por não ser perfeita.
Desculpe por não querer apenas sexo.
Desculpe por gostar de sexo.
Desculpe por não ser somente um corpo, ou,
por meu corpo não pertencer a mulher submissa que você deseja.

Desculpe por minha essência não corresponder às suas expectativas.
Desculpe se falo demais.
Desculpe se por vezes sou tímida
Desculpe se sou curiosa e se gosto de ser desejada.
Desculpe se minha dança é sensual e se essa minha imagem perturba seus sonhos
Desculpe por não atender o telefone às 2:49 horas da madrugada só para te ouvir falar do seu desejo por mim.
Desculpe se gozo e,
por saber que meu gozo depende apenas de mim.
Desculpe se moro sozinha e se sou feliz assim.
Desculpe se tenho carro e não preciso que venha me buscar e,
se ainda assim por vezes queria ser apenas carona.
Desculpe se abrir a porta e pagar a conta não é algo que impressione,
ou que me deixe confortável.
Desculpe?
Desculpe por ser sincera demais e te assustar?
Desculpe por te assustar com a minha irreverência?
Desculpe por ter personalidade?
Desculpe por te intimidar?
Desculpe por não me preocupar em chamar sua atenção?
Desculpe por te fazer perder a paciência?
Desculpe, mas a fila andou.
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Homens ecléticos da classe média

goma mascada Gerar poema da máquina
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eu sai com um cara
que me disse que não é triste
a última vez que chorou
foi há um ano atrás
quando o cachorro perdeu as bolas
não sei como consegue
ou acha isso bom
me sinto superior
por ter esperneado hoje de manhã
porque as linhas não se encaixavam
quebrei meu lápis 
enfiei na minha mão
e sou bem melhor que ele por isso

ele até nem beija tão bem
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Te escrevo, amor. Aqui. Em cartas.
Te escrevo em folhas de um caderno pequeno,
como quem se escreve em segredo, porque te escrever tem sido 
o meu mais íntimo segredo. 

{É secreto, amor. 
Meu desejo por ti é um segredo só meu.}
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VIVA PELAS MELHORES LEMBRANÇAS

Benito Campos Gerar poema da máquina
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VIVA PELAS 
MELHORES LEMBRANÇAS
Sem rabugices e lamentos
Não seja um velho lamentoso
Pois senão será permanente
Desgostoso...
Não dê a cara a surra e ao relho...
Pois estará cultivando pela vida 
nenhum gosto...
Sendo intolerante e pentelho.
Vivenciando, mitigando o contragosto
Semeará dores e desencantos.
Aconselho; 
Fujas do triste e do pranto
Abra na vida atalhos de encantos
Faça-se um passarinho, cante
Voe e de asas ao seu lado de criança
Terás sono, terás sonhos, se fará risonho 
Terás sempre ao teu lado, a todo instante, 
Bons amigos e suas melhores lembranças...
                                                     Benito Campos 
                                                                23122020
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Se é que me entende

Guerreira Gerar poema da máquina
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As vezes você só precisa de um tempo pra pensar
Um espaço para analisar 
E simplesmente ficar 
Sem solução 
Sem problemão 
Sem espaço 
Sem tempo
Sem vida 
Sem batidas no coração 
Sem sangue pulsando 
Sem pulmões respirando 
Sem receber impulsos nervosos
Se é que me entende 
Preciso de um tempo com uma amiga 
Só uma amiga 
Uma antiga conhecida 
Que já levou parte da minha família 
Se é que me entende 
Entende?
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Voltei a Israel

Garzón Medina Gerar poema da máquina
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  •        
Voltei a Israel e encontrei algumas mudanças
Mas será que foi mesmo Ela que mudou ou será que fui eu?

Voltei para o Meio do Mundo
No ponto de intersecção entre o novo e o velho

Existe um cheiro no ar
Um cheiro que não sei o que é, nem de onde vem, mas que só Ela tem

Já procurei, mas não encontrei 
Não é um cheiro que se encontra para vender
É o cheiro do ar,
Do mar,
Das águas,
Do suor 

Mas dessa vez eu quase não senti o cheiro
Ele estava discreto, escondido entre suas ruínas

Eu não gosto de deixá-la e nossa despedida é sempre muito triste
Mas eu sempre volto
Eu nunca sei quando será a próxima vez

Mas eu sempre volto para o Meio do Mundo
Para o Meio Oriente
Para o Oriente Próximo
Que eu gostaria que fosse mais próximo

Mas quando ela precisa de mim eu cruzo mares, montanhas e desertos para vê-la
A minha Israel
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Daquilo que restou
Refiz o que pouco
havia de mim

Para o bem
ou para o mal
Agora eu vejo
tudo igual
Menos o resquício 
de gente
guardado e lembrado
para o instante que nunca chega
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É um sonho…
Voltar no tempo recuar, 
Saber escolher os verdadeiros amigos e com eles partilhar
Os melhores momentos e depois viajar
Para um lugar onde ninguém possa me encontrar
Procriar e depois voltar
É um sonho, 
Aterrar nos States na cidade dos sonhos New York
Assinar um contrato ter um work
Graças a um hit com a Beyoncé
Ter o meu próprio onze
No game internacional
A representar o puro rap nacional
É um sonho, 
Nas ruas do Brooklin a improvisar
Com o Buckshot e o P, e  na Def Jam escalar
Impossível de acreditar
Eu num jantar ao lado do Obama a me paparicar
É um sonho,
Não esquecer das minhas raízes atuar em Páris
No topo da Torfel, a causar-te vertizes
Com uma mensagem profunda sarrando cicatrizes
É um sonho
Criar a minha própria história
No tempo e no espaço com aquela trajetória
Do r.a.p da glória ao lado da vitória
Estimulo a memória, 
Transação de palavras na minha caximónia
É um sonho, 
No meio de uma grande multidão
Me expressando com emoção
Com microfone na mão
Pela revolução
É um sonho
Duvido, que seja realidade
Eu longe das grandes
No terraço da felicidade
Refrescando-me com a brisa da liberdade
É um sonho…
Deitado na esteira
Vejo Samora e Mandela
Com marcas de guerra
Salvando a nossa terra(ÁFRICA)
É um sonho
Juro, não é um pesadelo
Vejo um anjo com isqueiro
Iluminando-me com zêlo
É um sonho…!
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Overdose de pensamentos

GOMA Gerar poema da máquina
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estou aqui
Toca a cantarola 
Coelhos saem da toca
Meus amigos estão azuis
Quem são eles?
Isso é um peixe 
Ou é um avião 
"Você está linda hoje"
"Me emprestar seus olhos"
O rinoceronte ri
Enquanto me empurra pro coqueiro 
Não entendo o que tanto vê
Nessas bainhas de gordura 
Que tanto lambe
Seriam minhocas no meu cabelo?
Coça, eu queria coçar 
Mas meus braços brincam com o rabo do moço 
"Quem é você??"
Doido maluco
Corro mas o abismo tá perto
Preciso engatinhar
Me arranho nos espinhos
Não
Pernas
Onde eu estou?
Eu quero ir pra casa 
Lar de ninguém 
Prefiro hospitais 
Gosto de ser cuidada 
Posso ficar nessa grama?
Está tão macia
Parece pele
Parece abraço
Lembra algo que nunca conheci
De grandes três portas
Onde todos sabem o hino nacional
E são engomadinhos 
Tagarelas
Queria ser menos tagarela
E falar mais
Nesse lar talvez 
Um dia
Seja quem quer que seja
eu?
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Deixa-me te amar

Hélder Ngulele Gerar poema da máquina
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Deixa-me te amar
Deixa-me te amar,
Como a suruma ama seu fumador,
E vai cantando entre os ares,
Fuma-me, sinta-me fluir em seu corpo,
Deixa-me chegar a sua alma,
Deixa-me tocá-la e mexer seus sentidos

Deixa-me te amar,
Deixa-me vaguear nessa dor,
Dor tristonha de amar o odor,
De seus passos e  suas vestes,
Oh como cheira-me suave,
Sim, deixa-me amar-te love,
Deixa-me segurar tua mão,
E levar-te comigo nesta canção


Deixa-me te amar,
Todo sombrio amando tuas sombras,
Teu feitiço, teu delírio,
Deliras tão silenciosa,
Caminhas toda pretensiosa,
Bela e cheia de realeza,
Oh o mundo gira aos teus pés,
Mulher, teu feitiço é forte
Teus olhos tem poder

Deixa-me te amar,
Sorumbático? Ou melancólico?
Amo-te bebendo o álcool
Pura bebida, seca dos sentimentos,
Deixa-me embriagar na bebida,
Deixa-me fazer a história,
Queira ou não, continuo na escória
Te amando em cada santo dia
Podes por favor, dar a este mendigo,
Algumas migalhas de sua atenção,
Já que o seu coração,
É demais para ele,






Deixa-me te amar,
Liberte-me dessa censura,
Meu coração te mesura,
Te ama com tanta fervura,
Senhora, deixe teu servo tocar seus pés,
Lavá-los com eterno amor,
E limpá-los com terna sinceridade.
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Digo que não vou te escrever. 
Não mais.
porque meu coração está com medo. 
Digo-lhe que parto. que vou embora. 
Digo alto e claro: eu não devia e não podia.
Mas minhas palavras já não valem nada. 
porque minhas promessas se dissipam e morrem. 
porque estou sendo guiada por algo que eu não entendo e temo.
por algo que foge das justificativas e ilusões. 
foge e me escapa. foge e me bate. 
Te escrevo, amor, mergulhada no fogo de uma paixão que renasceu estremecendo tudo. 
porque no passado ilógico do tempo eu te amei. 
só que agora, esse passado já não me parece mais tão distante assim. 

Olhe para mim, amor
veja como queimo
veja que sou fogo. 

Queimo na intensidade das palavras que te escondo para te mostrar em um futuro nosso. 
Não. Tudo o que te escrevo é ilícito e impuro: recaindo em uma infinidade de pecados e loucuras, mas eu continuo. 
Continuo, porque te quero e isso vence o puro logismo de nossos dias. 
Então foge.

Foge, amor, que te persigo. 
Foge, entre nuvens e poeiras, que te aguardo. 
Mas torço, para que em cada uma de suas corridas e escolhas 
você dê de frente para esta mulher que te escreve.
Rezo para que em cada uma de suas fugas, você me encontre despida. 
Para que em cada escapatória sua, eu surja.
 
Mas ainda sim, 
desejo que você você fuja. 
preciso que você fuja.
preciso que corra. 
Corra desse amor impuro. 
Corra desse amor renascido do pecado. 
porque eu não fugirei, amor. 
porque eu não tenho forças. 
meu desejo me persegue. 

Fuja, amor, porque sou tua. 
Fuja antes que nossos corpos queimem. 
Fuja. 
Fuja sabendo que te quero
ou fique 
e queime comigo.
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Em fome serviram o Salvador

Patrick Zapata Gerar poema da máquina
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Em fome serviram o Salvador
E quão tribulações que tiveram
E quão tribulações que tolheram
Em sede serviram o curador

Apóstolos de Cristo o pregador
E mártires de Cristo morreram
E quantos seguidores sofreram
E santos no deserto provador

Que venha sofrimento repressões
Espero no senhor a salvação
Estamos no caminho em procissões

Seguindo a direção da redenção
Se falho reconheço em confissões
E firme permaneço na oração
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Vaidade proceder sem humildade

Patrick Zapata Gerar poema da máquina
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Vaidade proceder sem humildade
A vida desvaidosa valorosa
A vida desvaidosa valiosa
Vaidade das vaidades necedade

Vaidade das vaidades veleidade
A vida desvaidosa valiosa
A vida desvaidosa virtuosa
Vaidade das vaidades vanidade

Buscar caliginoso cabedal
Pensando na possível proteção
Engano da vaidade lodoçal

Procura descolar o coração
Deixando o passageiro o temporal
Propenda a permanente salvação
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Vãos

Elieni Caputo Gerar poema da máquina
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  •        
VÃOS
Agora o tempo se esvai, calmo e degredado. A chama da vida se parte na face do homem arruinado. 
As orações ecoam no cerrado, cruzam abismos e riachos, deságuam.
A quietude da sombra segue o passo do rebento: encolhido e pequeno, estica-se a cada passo. Seu silêncio fora rompido pelo primeiro balbucio, centelha do verbo divino acesa, humano apartado do infinito, do instinto. 
Caem sóbrias as flores na alameda. Seu som vazio ecoa na terra, sem testemunha. 
Todos dormem ao romper da aurora. O gado magro deita-se resignado na relva ressequida do cerrado. Ontem não mais existia. O futuro é uma mentira.
Do pó renascem a pérola, a criança faminta – na brisa perdem-se os dias.
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Eles disseram "Ano que vem em Jerusalém"

E sim, eu vim
No frio desolador que sempre me adoece

No gelo frio que vem dos montes,
Me desesperei

Eu amei
Amei em Jerusalém 
Sim, eu amei

Senti o gelo frio de uma geração
Que só faz o que lhe convém
Não ama a ninguém
Mesmo aqui em Jerusalém

Então, em Tel Aviv eu me perdi
Sim, eu me perdi
Eu me perdi do amor

Daquilo que eu sempre achei que fosse o amor
Mas eles disseram "não é mais assim"
Nem aqui
Em Jerusalém 

E eu vi o mar
E mesmo assim eu não senti mais 
Eu não senti mais o amor
Depois que voltei de Jerusalém não senti mais

Eu ri
Eu chorei
Eu vivi

Mas e o amor?
Não, o amor não me quis
Isso eu não encontrei
Nem em Jerusalém
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TEMPO DA VIDA

Mariasun Montañés Gerar poema da máquina
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  •        
Quando eu chegar,
Quando tu existires,
Quando ele partir...
Nós tempo seremos.

E a vida acontecerá...
Pelas esquinas disformes das estações,
Pelos anos displicentes que já se passaram,
Pelos anos escassos que ainda nos restam,
Pelos caminhos íngremes e tortuosos à frente,
Pelo desalento diante da pandemia insistente,
Pela marcha incansável do ser.

E a vida se espalhará...
Pelos campos floridos a desabrochar,
Pela relva úmida a cada amanhecer,
Pela natureza verdejante a pulsar,
Pelo abraço amigo a acarinhar,
Pelas estrelas e a lua a brilhar,
Pela suave brisa do tempo a soprar...

E a vida compensará...
Pelos sonhos, tão sonhados, realizados;
Pelas glórias, tão esperadas, alcançadas;
Pelo doce, tão doce, sabor do aprendizado;
Pelos encontros, tão ternos, no caminho do amor;
Pela cura, tão desejada, do corpo e da alma;
Pelas histórias, tão nossas, gravadas no eterno.

E assim, pela vida nós passaremos...
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